Com 4.982 habitantes, a pequena cidade guarda alguns exemplares de residências, fazendas, igrejas e capelas do período colonial e a Reserva Ecológica “Mata dos Ausentes”, com rica flora de mata tropical.
Alguns municípios do Circuito do Diamante surgiram em função do garimpo e outros, da agropecuária, com o objetivo de abastecer com alimentos as necessidades dos povoados que iam se formando. Este é o caso de Senador Modestino Gonçalves, também conhecido pelo antigo nome de Mercês. O município mudou de nome várias vezes e, atualmente, homenageia um político mineiro.
Em 1817, O viajante estrangeiro Saint-Hilaire escreveu em seu diário sobre o, então, distrito: “Quase todas as casa de Mercês do Araçuaí pertencem a lavradores que aí só vêm aos domingos e dias de festas e durante os dias de trabalho, a povoação fica deserta”.
Como atrativo natural o município abriga a Reserva Ecológica “Mata dos Ausentes”, com 498 hectares. Além da rica flora de mata tropical, cerrado e cerradão, a reserva possui diversificada fauna, como, tatu canastra, paca, porco do mato, veado campeiro, lobo guará, jaguatirica, macacos, cobras e diversos tipos de pássaros silvestres. A Reserva é banhada pelos córregos dos Pios e dos Quilombos e está a 12 km da sede. Outro atrativo natural é o encontro dos rios Preto e Araçuaí e a cachoeira da Terra Quebrada.
A pequena cidade guarda alguns exemplares de residências e fazendas do período colonial e algumas igrejas e capelas simples. A Casa de Dona Jacinta do Portão também é curiosa pela história. Contam que Dona Jacinta casou-se com um homem muito rico e queria ser como Xica da Silva, ter fama e sucesso na comunidade. Para isso, financiou a construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e participou intensamente do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, nos idos do século XIX. Mas o marido foi assassinado e ela passou a desconfiar de tudo e de todos e ficava às espreitas no portão de entrada da casa. Por isso, recebeu o apelido de Jacinta do portão.
As demais edificações são: a fazenda da Lagoa, a Matriz de Nossa Senhora das Mercês, a Capela de Nossa Senhora do Rosário e algumas capelas nos povoados.
As manifestações culturais estão expressas no artesanato em fibra de bananeira, nas cestarias e na cerâmica. Toda sexta-feira, uma pequena feira ao ar livre expõe alimentos e alguns biscoitos diferentes do tradicional. Possui guarda de Marujos, chamados também de Gajeiros, folias de Reis e do Divino, na Comunidade da Beia, onde também se encontram respeitáveis benzedeiras. O município é bastante festeiro com terços, cavalgadas, leilões, arraiais, quadrilhas, etc. conforme a temática das festas.