Com 5.739 habitantes, a cidade se destaca pelas fontes de águas termais.
Conhecida pelas fontes de águas quentes, com certificação medicinal, Felício dos Santos se destaca pela cultura rural. O povoamento do município acontece em meados do século XIX, após o estabelecimento de algumas fazendas. Como elas demandavam mão-de-obra, uma pequena comunidade foi se formando (Têm-se notícias que uma das fazendas tentou escravizar os índios que ali viviam; as tentativas foram fracassadas, mas eles desapareceram.).
Por ali também passavam tropas. Era um ponto de convergência de tropeiros que vinham dos arraiais e vilas da região, com destino a Diamantina. Alguns deles, encantados com a fertilidade do solo, compraram terras e ali instalaram suas residências. O nome do município é uma homenagem à família “Felício dos Santos”, que viveu em Diamantina, no final do século XIX.
O município possui uma área de proteção ambiental denominada APA Felício dos Santos, com 11.476 hectares, vegetação de cerrado, caatinga, mata atlântica e matas ciliares. Destacam-se algumas árvores, como, cedro, vinhático, sucupira, jenipapos, sapucaias, jatobás, tamboril, pequi, mangaba, pana, dentre outras.
Os principais atrativos naturais são as Cachoeiras do Sumidouro e do Palmito; a Lapa Santa, onde acontece a festa de Nosso Senhor do Bom Jesus; o Lajeado; a Serra do Gavião, onde há abrigo com pinturas rupestres e as nascentes de água quentes, que alcançam a temperatura de 32° graus. No caminho das fontes está o antigo Cemitério dos Cativos.
O município possui uma pequena comunidade, denominada São José da Cachoeira, onde estão pequenas casas coloniais, a simples Capela de São José e a Fazenda do Higino, que é um verdadeiro museu vivo das tecnologias rurais, do período colonial brasileiro: casa de farinha, monjolo, moinho d’água, paiol e tacha para fazer rapadura. Todos em grandes proporções, feitos em madeira de lei.
A festa do padroeiro, Divino Espírito Santo, se soma a diversas outras festas religiosas que acontecem durante todo o ano.
As manifestações culturais contam com grupos de coral, de quadrilha, de samba, de forró, de folia de reis e de guarda de marujos. Os artesanatos utilitários e decorativos são esteiras, balaios, peneiras, engenhos, carros de boi, moinho, pilão, colher de pau, esculturas, potes, panelas de barro, caixas, cestas, jarras de palha de coqueiro e taboa, peças de tear e bordados. A culinária é típica mineira e as festas são as tradicionais religiosas, com destaque para o padroeiro, Sagrado Coração de Jesus.