A região da Serra do Espinhaço, no Alto Jequitinhonha, foi roteiro de várias expedições. O ciclo do ouro e do diamante protagonizou muitas delas. O primeiro registro da descoberta de diamantes, na região, é de 1714, numa lavra junto a serra da Lapa, entre as Serras de Santo Antônio e São Francisco, no Arraial do Tijuco.
Durante muito tempo escondeu-se da Coroa Portuguesa a existência dos diamantes. Por conta disso, a história da região começou a ser contada bem depois, em 1729. No apogeu do ciclo do diamante é que se formaram os povoados, vilarejos, arraiais, distritos e os atuais municípios: Alvorada de Minas, Couto de Magalhães de Minas Diamantina, Datas, Felício dos Santos, Gouveia, Monjolos, Presidente Kubitschek, Rio Vermelho, Santo Antônio do Itambé, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves e Serro.
Com a descoberta do primeiro diamante nas lavras de ouro no Arraial do Tijuco, atual Diamantina, em 1714, essa região cresceu significativamente, a ponto de ser considerada um Estado dentro de outro Estado. Tamanha riqueza gerou fabuloso patrimônio histórico-cultural. Hoje o Circuito reúne belezas arquitetônicas, arte e passeios ecológicos. Tudo isso embalado ao som de clássicos barrocos, serestas, serenatas, vesperatas, retretas e boleratas.
Os Circuitos Turísticos foram criados para ordenar o turismo nas diversas regiões de Minas Gerais, como política de regionalização e descentralização adotada pelo Governo do Estado. A construção desta política contou com a participação ativa da sociedade, tanto na definição das prioridades necessárias para o desenvolvimento do turismo, quanto na escolha da região que os municípios se integrariam. Essa escolha, entretanto, era pautada pelas afinidades geográficas, históricas, culturais e naturais.
A descentralização da gestão utiliza-se de uma rede de parceiros na organização e na promoção da atividade turística regional, de forma sustentável, através da integração contínua dos municípios para consolidar uma identidade regional. São ações dessa parceria:
O Circuito dos Diamantes nasceu do trabalho executado nos termos de um Convênio celebrado, em 07 de outubro de 1977, entre a Secretaria de Planejamento da Presidência da República, a Secretaria de Estado do Planejamento e a Coordenação Geral de Minas Gerais, a Empresa Brasileira de Turismo, com a interveniência da Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Regiões Metropolitanas, sucedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Fundação João Pinheiro.
Neste Convênio trabalhou uma equipe técnica formada por arquitetos, urbanistas e historiadores para elaborar propostas de posturas, obras, ocupação e uso do solo do município de Diamantina, que, nesta época, era o único integrante do Circuito. Era uma forma de preparar e preservar a cidade para o turismo, mas os trabalhos só foram concluídos e editados pela Fundação João Pinheiro, em 1980.
O turismo não era bem compreendido e aceito pela comunidade e suas lideranças políticas, e só ganhou novo fôlego com o primeiro folder, produzido, em 1985, pelo Departamento de Turismo da Prefeitura Municipal de Diamantina, com patrocínio da Minas Caixa. Ele possuía as características e as informações de um roteiro turístico e a comunidade pôde entender a cidade como um destino turístico.
Em reunião realizada, em junho de 1997, na cidade de Conceição do Mato Dentro, foi novamente feita uma tentativa de preparar um eventual Circuito Turístico, com base em área geográfica. Compareceram representantes dos municípios de Conceição do Mato Dentro, Diamantina, Gouveia e Serro. Seguiram-se outras duas reuniões, mas as discussões para a regionalização do Circuito ficaram adormecidas.
Somente em julho de 2001, após a cidade de Diamantina ganhar o título de Patrimônio Cultural da Humanidade é que começaram novas reuniões para a montagem do Circuito dos Diamantes, integrando a sociedade civil e política, ambas mobilizadas para o desenvolvimento do turismo.
A Secretaria de Estado de Turismo entrou nesta última fase com o fomento e então os municípios passaram a fazer reuniões itinerantes para a discussão da criação de seu Estatuto. Estas discussões levaram cerca de pouco mais de um ano e o resultado foi a união dos doze municípios citados.
A primeira administração do Circuito dividiu sua atuação em três fases: a primeira foi a formatação do Estatuto e seu Regimento Interno, bem como sua regularização perante os órgãos públicos; a segunda, foi a implantação da viabilidade de recursos financeiros para que o Circuito pudesse ter condições de realizar levantamentos de potencial turístico e outras pequenas providências de ordem prática; e, a terceira e, que atualmente ainda é foco, trata-se da mobilização e da organização dos pontos turísticos e sua transformação em produtos turísticos, vendáveis e com geração de renda às comunidades.
O Circuito dos Diamantes é gerido por uma associação civil de direito privado sem fins lucrativos, com autonomia administrativa. Promove o desenvolvimento da região, abrangida pelos municípios que a compõem, dentro dos princípios de sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental, tendo como vetor a atividade turística.
Carlos Eduardo Cesar
A idéia de um Circuito dos Diamantes nasce de um trabalho executado nos termos de um Convênio celebrado em 07 de outubro de 1977, entre a Secretaria de Planejamento da Presidência da Republica, a Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral de Minas Gerais, a Empresa Brasileira de Turismo, com a interveniência da Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Regiões Metropolitanas, sucedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a fundação João Pinheiro. Nela uma equipe técnica coordenada pelo arquiteto e urbanista Marco Aurélio N. F Queiroz, com a colaboração do arquiteto João Marcos Machado Gontijo e do Historiador Roberto d’Affonseca Herbster Gusmão, elaboraram propostas de posturas, obras, ocupação e uso do solo do município de Diamantina.
Nesta época, o Circuito dos Diamantes abrangeria somente a cidade de Diamantina e era uma forma de preparar e preservar a cidade para o turismo, mas os trabalhos só foram concluídos e editados pela Fundação João Pinheiro em 1980.
O turismo não era bem compreendido e aceito pela comunidade e suas lideranças políticas, e só ganhou um novo fôlego com o primeiro folder em 1985, na gestão do ex prefeito Antônio de Carvalho Cruz, quando o Departamento de Turismo da Prefeitura Municipal de Diamantina, com o patrocínio da Minas Caixa, editou e distribuiu este folder; ele possuía as características e informações de um Roteiro Turístico, tendo na capa uma foto do Passadiço da Glória – na época Colégio Nossa Senhora das Dores. Em reunião realizada em 01 de junho de 1997 na cidade de Conceição do Mato Dentro, foi novamente feita uma tentativa de preparar um eventual Circuito Turístico com base em área geográfica, reunião esta com representantes dos municípios de Conceição do Mato Dentro, Diamantina, Gouveia, Serro e da Adeltur. Neste período, seguiram-se mais duas reuniões, uma no dia 12 em Diamantina, com a participação de Carlos Coura – consultor do SEBRAE, tendo em pauta a discussão de um Regimento Interno para a consolidação do Circuito Turístico dos Diamantes; e a outra em Gouveia no dia 14, com a participação da Terminas. Novamente após este período, as discussões ficaram adormecidas.
Somente em Julho de 2001 começaram novas reuniões para a montagem do Circuito dos Diamantes, agora com a comunidade civil e política instigada e mobilizada no desenvolvimento do turismo, após a cidade de Diamantina ganhar titulo de Patrimônio Cultural da Humanidade.
O Circuito agora foi além das fronteiras do município de Diamantina e abrange hoje os municípios circunvizinhos, se projetando em Minas Gerais como uma das regiões mais belas e de grande riqueza natural.
A Secretaria de Estado do Turismo entrou nesta ultima fase com o fomento e então os municípios passaram a fazer reuniões itinerantes para a discussão da criação de seu Estatuto. Estas discussões levaram cerca de pouco mais de 01 ano e o resultado é a união de 11 municípios: Diamantina, Gouveia, Datas, Presidente Kubitschek, Serro, Couto Magalhães de Minas, São Gonçalo do Rio Preto, Felício dos Santos, Senador Modestino Gonçalves de Minas, Santo Antonio do Itambé e Buenópolis.
A primeira administração do Circuito dividiu sua atuação em 03 fases: a primeira foi à formatação do Estatuto e seu Regimento Interno, bem como sua regularização perante os órgãos públicos; a segunda, foi a implantação da viabilidade de recursos financeiros para que o Circuito possa ter condições de realizar levantamentos de pontecial turístico e outras pequenas providencias de ordem prática; e, a terceira, é a mobilização e organização de nossos pontos turísticos e sua transformação em produtos turísticos, vendável e com distribuição de lucro às comunidades.
Atualmente o Circuito dos Diamantes vem atuando também no desenvolvimento do artesanato local, incentivando o associativismo e a capacitação dos artesãos nos municípios de sua abrangência. Contamos hoje com uma associação de artesanato regional, a Vale Circuito, que cuida da gestão do setor nos municípios e também do ponto de comercialização regional, a Vale Circuito, que cuida da gestão do setor nos municípios e também do ponto de comercialização regional, localizando no Centro Cultural David Ribeiro – Mercado Velho, na área central de Diamantina, para escoamento da produção destes artesões.
Além disto, a diretoria tem incentivado a participação dos artesões em feiras e exposição para comercialização de produtos e troca de experiências. Aos poucos o Circuito toma forma, ocupa espaço e papel de destaque no Alto Jequitinhonha, revivendo com a associação destes municípios a demarcação do antigo Distrito Diamantino.