Com 4.676 habitantes, o município está localizado no sopé do Pico do Itambé, com 2.044m de altitude, principal marco para os bandeirantes e tropeiros que circulavam pela região. O principal atrativo turístico é o Parque Estadual do Pico do Itambé.
O município tem sua origem histórica ligada às descobertas de pepitas de ouro. Está localizado no sopé do Pico do Itambé, com 2.044m de altitude, principal marco para os bandeirantes e tropeiros que circulavam pela região. O principal atrativo turístico é o Parque Estadual do Pico do Itambé, criado para preservar as nascentes, as formações rochosas, as espécies vegetais que transitam do cerrado para a mata atlântica e os animais, alguns em extinção.
A vegetação do Parque é deslumbrante, destacam-se orquídeas, semprevivas, bromélias, cactos, canela de ema gigante, arnica, carqueja e algumas plantas endêmicas. O Pico do Itambé é o mais alto do Maciço do Espinhaço podendo ser avistado de vários municípios da região.
São muitas as possibilidades de caminhadas e de banhos em cachoeiras, como, na da Fumaça, no Lajeadão, na do Lajeado, na 32 – também chamada de Santo Antônio –, na da Água Santa, na do Neném e na do Rio Vermelho, algumas muito próximas da cidade. Na Ponte de Pedra, esculpida pela natureza, tem corredeiras e piscinas naturais.
Na cidade, algumas residências mantêm características da arquitetura colonial civil portuguesa. A Matriz de Santo Antônio é considerada uma das mais antigas capelas da região, com datação provável de 1820. No interior, destacam-se os retábulos, de talha simples, mas de bom gosto e as pinturas ao estilo rococó, imitando esculturas.
Contam que uma imagem de Santo Antônio foi encontrada, pelos colonizadores garimpeiros, no local onde existe a matriz. Assim que descoberta, a população tentou levá-la para o Serro, em carro de boi, mas o peso da imagem era tanto que os bois não conseguiam subir a serra. Depois de várias tentativas, chegaram à conclusão que Santo Antônio queria era ficar ali mesmo, protegendo os garimpeiros. Então, construíram uma pequena capela para colocar a imagem, que nunca mais saiu de seu lugar original.
A região está nos registros de mapas e estradas de bandeirantes e tropeiros, onde alguns povoados foram iniciados por escravos alforriados ou fugitivos, que mantêm eventos, devoções, rituais e costumes tradicionais de seus ancestrais.
As manifestações culturais tradicionais estão expressas no artesanato em palha, sementes, cerâmica, flores secas e madeira; na culinária típica, com destaque para as quitandas e os pratos com carnes acompanhadas de verduras refogadas e legumes típicos da cozinha mineira; nas danças tradicionais; nos folguedos e nas festas profanas e religiosas. Santo Antônio é o padroeiro da cidade. Nas Festas de Santa Cruz, na comunidade de Maria Nunes os fiéis fazem a reza com a contagem de 100 grãos de milho: “No dia de Santa Cruz, cem vezes ajoelhei, cem vezes levantei, cem Aves Marias eu rezei, cem Pai Nossos eu rezei, cem Glória ao Padre eu dei”.