Com 2.545 habitantes, Monjolos se destaca pelo antigo leito da linha de trem, pelas cachoeiras, pela vegetação e pelos sítios arqueológicos, com pinturas rupestres, que permitem passeios maravilhosos.
O município está situado em uma bela região. O antigo leito da linha de trem, as cachoeiras, a vegetação e os sítios arqueológicos, com pinturas rupestres, permitem passeios maravilhosos.
O início do povoamento da região de Monjolos está ligado à doação de sesmarias nas primeiras décadas do século XVIII. Essas doações eram feitas aos que possuíam escravos e que se comprometiam a produzir, em até quatro anos, produtos agrícolas ou da pecuária. A doação da Coroa Portuguesa tinha como contrapartida os altos impostos de circulação de mercadorias para abastecimento das áreas de mineração.
O nome do município, provavelmente, tem origem na palavra munjolos, que denominavam os negros de sangue árabe, vindos da costa de Moçambique. Os portugueses aprenderam com eles a construir e usar o rústico aparelho feito de madeira, utilizado para pilar milho e outros grãos, comum nas regiões rurais de Minas Gerais, conhecido como monjolo. Na Praça da Estação tem uma réplica.
As enormes propriedades, com criação de gado e produção agrícola, isoladas nos sertões de Minas Gerais, mantinham tecnologias rurais para beneficiar suas produções. Possuíam engenhos de aguardente e açúcar movidos por bois, moinhos de fubá movidos à roda d´água, engenhocas e monjolos hidráulicos, teares, fábrica de cardar algodão, rodas francesas e fornos de ferreiros
Um importante marco no município foi a construção da ferrovia que interligava Curralinho, hoje Corinto, a Diamantina. Com ela vieram os armazéns para o comércio de mercadorias e o crescimento da mão-de-obra para trabalhar na rede ferroviária. As estações de Monjolos e do distrito de Rodeador e o pontilhão são legados arquitetônicos desse período.
A Área de Proteção Ambiental do Quebra-Pé possui 65.553 ha. Localiza-se na encosta e na planície da Serra de Minas, no Maciço do Espinhaço. É uma região rica em flora silvestre com floresta estacional decidual; campos limpos e úmidos, com presença de vários tipos de sempre-vivas e canela de ema; cerrado, composto por árvores, e campos rupestres, com vários tipos de orquídeas. A fauna é rica em aves, mamíferos, anfíbios e peixes
Outros atrativos de destaque no meio natural são a praias do rio Pardo Pequeno; o poço do Rodeador; as cachoeiras do Bueno, do Quilombinho e do Juca Duque, e o antigo leito da ferrovia. Sítios arqueológicos se destacam, alguns deles com presença de pinturas e gravações rupestres: abrigos da Salobra, gruta do Pau Ferro e as lapas do Cocal e da Fazenda Velha.
As manifestações culturais estão representadas pela banda de música, pelo artesanato em fios e sempre-vivas, pelos grupos de quadrilha, forró e folia de reis e pelas festas profanas e religiosas, como a da padroeira Nossa Senhora da Conceição.