Com 11.834 habitantes, Gouveia possui serras, pinturas rupestres, cachoeiras e a trilha da antiga linha ferroviária, além do Cobu, uma quitanda feita à base de fubá e abóbora.
O início da colonização de Gouveia se dá, em 1715, com as descobertas e exploração de ouro e diamantes em seus córregos. O nome do município é uma homenagem à viúva Maria Gouveia, de origem portuguesa, que possuía lavras na região e grande número de escravos da tribo Cobu.
Dois fatos históricos marcam a cidade de Gouveia. O primeiro foi o fato do Capitão-mor português Bernardo da Fonseca Lobo ter constituído sua família no Arraial da Gouveia. Bernardo é oficialmente o descobridor do diamante no mundo ocidental, gema antes só explorada na Índia. Seu corpo foi sepultado na antiga Igreja de Santo Antônio da Gouveia como Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O segundo fato marcante foi o empreendedorismo do Barão de São Roberto, que em 1887 fundou a Fábrica de Fiação e Tecidos de São Roberto, sendo até os dias atuais a principal fonte econômica da cidade. Sua Vila Industrial é um importante registro histórico do desenvolvimento da região, no inicio do século XX.
Os principais atrativos para os ecoturistas são as serras, as pinturas rupestres e as cachoeiras, como a do Barão, da Capivara, do Melo, do Imbé, do Barro Preto, dentre outras e as Serras de Santo Antônio, Salitre e Camelinho, além do antigo Ramal Ferroviário na comunidade de Barão, que se transformou num local para prática do trekking, ciclismo, dentre outros esportes, em harmonia com o seu belíssimo leito.
A Capela de Nossa Senhora das Dores, ainda que com arquitetura simples, que provavelmente guarda o altar da antiga Capela particular de Chica da Silva, está situada em um local com belíssima panorâmica compondo a Praça do Calvário.
As manifestações culturais tradicionais estão representadas pelas bandas de música e grupos de serestas; pelo artesanato em cabaças e do bordado casa caiada; pelas danças e folguedos; pelas festas religiosas e profanas e na culinária representada pela iguaria Cobu, quitanda feita à base de fubá e abóbora, assado na folha de bananeira.
A modernidade trouxe a Usina Eólica, primeira da América Latina, instalada em 1984, para gerar energia, seguindo os objetivos de desenvolvimento de tecnologias puras e sustentáveis. Está situada na Serra do Camelinho, em uma das paisagens mais bonitas de Minas Gerais.